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🚨 CAPS condenado por omissão em segurança
e STJ decide que terreno sem construção também gera encargos
22/10/2025
quarta-feira
bom dia. dante alighieri lembrava que a fama é só um vento passageiro, que muda de direção conforme o sopro. buscar aplausos é correr atrás do ar. o que tem guiado seus passos: o barulho do mundo ou a voz que vem de dentro?
🎙️ EPISÓDIO NOVO NO AR!

NA PAUTA DE HOJE…
😡 trabalho infantil não é empreendedorismo
💼 pensão não tem data de validade
💸 distrato no mato, dinheiro no ralo
🏠 imóvel da família, lar do irmão
👩🏻⚕️ risco psiquiátrico, dano trabalhista

direito do trabalho
13 anos e uma polêmica judicial: quem fiscaliza o trabalho infantil?
A Justiça do Trabalho vai julgar o caso de um menino de 13 anos que perdeu dois dedos ao operar uma máquina de moer cana em uma feira de Aracaju (SE) 🍹.
O MPT entrou com ação contra o município, alegando falha na fiscalização do trabalho infantil, algo que o município já havia sido obrigado a cumprir por decisão anterior.

O TST entendeu que prevenir e erradicar o trabalho infantil é, sim, missão da Justiça do Trabalho.
Afinal, proteger o “direito ao não trabalho” é coisa séria e tem respaldo na CLT, na Constituição e em tratados internacionais.
Agora, o TRT-20 terá que analisar os pedidos de indenização e apoio à vítima.

Apresentado pela Criminal letter
A vida real das mulheres na área penal 👩💼
No dia 22 de novembro, ao vivo no Zoom, a Criminal Letter irá reunir três referências no Direito Penal para discutir atuação, autoridade técnica e os perrengues reais da carreira penal: violência institucional, audiências e Júri, sustentação oral, gestão de risco e exposição na mídia. 🎙️
Com Larissa Rosenda (Secretária de Estado – TO), Fernanda Soares (Promotora de Justiça – MPPR) e Aline Soares (Especialista em Direito Penal).
Também entra em pauta interseccionalidade, networking, mentoria e o equilíbrio entre prática forense e pesquisa. 🧭
Não dá para ficar de fora! Clique aqui e garanta sua vaga. ✅🖤

direito previdenciário
Pensão vitalícia: autista não perde benefício aos 21, diz TRF-3
A 10ª Turma do TRF-3 deu um puxão de orelha no INSS e mandou restabelecer a pensão por morte de um beneficiário com autismo (TEA), cortada quando ele completou 21 anos.
A decisão foi unânime e com base em toda a artilharia jurídica de proteção às pessoas com deficiência: Constituição, Estatuto da Pessoa com Deficiência e leis específicas.

👉🏻 O tribunal deixou claro: idade não corta direito de quem tem deficiência, e nem é preciso comprovar incapacidade laboral… a dependência é presumida.
O INSS vai ter que pagar tudo retroativamente desde 2016, com correção, juros e honorários.
🌊 Mergulhando no assunto:
Base legal do direito: a Lei 8.213/1991 garante pensão por morte a filhos inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave, sem limite etário (art. 16, I e §4º; art. 77, §2º, II).
Para pessoas com TEA, a Lei 12.764/2012 as reconhece como pessoas com deficiência “para todos os efeitos legais” (art. 1º, §2º). O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e a CDPD (status constitucional) reforçam a proteção e a leitura inclusiva.
Pontos práticos do caso: não se exige “incapacidade para o trabalho” para manter a pensão de filho com deficiência; basta provar óbito, qualidade de segurado do instituidor e condição de dependente (dependência é presumida para filhos do art. 16, §4º).
Cessação aos 21 anos não se aplica quando há deficiência reconhecida.

direito imobiliário
Comprou, desistiu e... ficou sem troco: multa e taxa valem até pra lote vazio
A 4ª Turma do STJ confirmou: mesmo que o terreno ainda esteja só no mato, vale aplicar multa contratual e taxa de fruição se o comprador desistir da compra, desde que o contrato siga a Lei do Distrato (13.786/2018).
No caso, o comprador pagou pouco (R$ 6,5 mil) e rescindiu um contrato de mais de R$ 111 mil.

🎯 Resultado: com multa e fruição (até 0,75% ao mês), nada sobrou pra devolver.
A ministra Isabel Gallotti frisou que a nova lei permite essas retenções, inclusive em lotes sem construção.
O STJ afastou abusividade: tudo foi previsto em contrato e dentro da lei.

direito das sucessões
STJ amplia direito de habitação a herdeiro com esquizofrenia
Em uma decisão rara, a 3ª Turma do STJ permitiu que um herdeiro com esquizofrenia continuasse morando no imóvel da família, mesmo após a partilha.
🤔 A ideia? Proteger a moradia e a dignidade dele, ainda que isso limite, temporariamente, o direito de propriedade dos demais irmãos.

O direito real de habitação, previsto para cônjuges no art. 1.831 do CC, foi estendido de forma excepcional, por conta da hipervulnerabilidade.
A partilha segue valendo, mas o uso do imóvel fica protegido.
O juiz pode sim “flexibilizar” a regra quando há conflito entre direitos fundamentais e patrimoniais.
📚 Entendendo melhor o caso:
1️⃣ Regra geral: o direito real de habitação (CC, art. 1.831) é do cônjuge/companheiro sobrevivente no imóvel de residência da família.
2️⃣ Exceção do STJ: em situação extraordinária de vulnerabilidade (ex.: herdeiro com deficiência, sob curatela e já residente no lar), o juiz pode estender o uso do imóvel para evitar desabrigo, ponderando moradia/dignidade (CF, arts. 1º, III, e 6º) x propriedade dos demais herdeiros.
3️⃣ Efeitos: não muda a titularidade nem a partilha; apenas assegura a permanência do herdeiro vulnerável até solução equilibrada. Exige prova robusta da vulnerabilidade e do vínculo residencial.
4️⃣ Base de apoio: boa-fé e função social (CC, art. 421), proteção da pessoa com deficiência (Lei 13.146/2015) e poder geral de tutela/adequação do juiz para concretizar direitos fundamentais.

direito do trabalho
Ambiente de risco: CAPS indeniza técnica agredida por pacientes
A 8ª Turma do TRT-MG condenou um CAPS em Nova Lima a pagar R$ 5 mil por danos morais a uma técnica de enfermagem agredida durante o trabalho.
👉🏻 O motivo? Falta de segurança no local, sem vigilância, com surtos frequentes e até chamada constante da PM.

Mesmo sem lesões físicas comprovadas, o Tribunal entendeu que a exposição contínua ao risco e o desamparo institucional geram abalo moral.
🚨 E reforçou: unidades de saúde mental precisam seguir protocolos rigorosos de proteção.
Para o relator, o empregador ignorou seus deveres legais (CLT + SST), e isso pesa, especialmente em ambientes psiquiátricos, onde o risco é previsível.

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Express do dia ☕
🖊️ STF admite barrar nomeação por extinção de cargo
Tema 1.164: direito à nomeação cede se cargo é extinto antes do prazo por limite da LRF; exige motivação. Leia mais.
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